O LAMENTO DO CATIVO

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' Como cantaremos a canção do Senhor em terra estranha? Se eu me esquecer de ti, ó Jerusalém, esqueça-se a minha direita da sua destreza. Se me não lembrar de ti, apegue-se-me a língua ao meu paladar; se não preferir Jerusalém à minha maior alegria. Lembra-te, Senhor, dos filhos de Edom no dia de Jerusalém, que diziam: Descobri-a, descobri-a até aos seus alicerces. Ah! filha de babilônia, que vais ser assolada; feliz aquele que te retribuir o pago que tu nos pagaste a nós. Feliz aquele que pegar em teus filhos e der com eles nas pedras. '

( Salmos 137:4-9 )

Este Salmo expressa a experiência de quando olhamos para algo bom que nos aconteceu em um tempo distante, nos alegramos com a lembrança, rimos, cantamos e, ao voltarmos para a realidade, vemos que a nossa vida está bem diferente. É estranho, porque há alguns instantes, nossa alma se alegrava e podíamos até cantar e dançar, mas agora, a tristeza nos invade e não queremos nem uma coisa e nem a outra.

Os inimigos levaram os judeus cativos de sua própria terra natal para a Babilônia. Depois se dedicaram a insultá-los e também como se não bastasse exigiam que se alegrassem e que cantassem para eles. Isso se transformou em martírio, porque eles só conheciam ou podiam cantar os louvores de Sião. Os escarnecedores nunca entenderiam estes louvores e provavelmente ainda os escarneceriam ainda mais.

Embora no passado eles tivessem esquecido de obedecer aos Mandamentos do Senhor, agora, eles se lembravam de Deus e de tudo o que lhes ensinara. Agora eles valorizavam a importância do louvor que cantavam ao Deus Criador. Neste momento, estavam sujeitos à escravidão e seu grande temor era fazer algo errado, como cantar pelo que não glorifica a Deus. Diante disto, preferiram que se secasse a mão direita com a qual tocavam harpa ou que sua língua se colasse ao palato do que fazer mau uso do cântico de Deus ou do seu louvor.

Meu irmão e minha irmã, para nós hoje este Salmo se encerra de uma forma terrível e cruel, mas o salmista apenas repete a lei do ‘olho por olho e dente por dente’. Ele desejava para seus inimigos o mesmo que eles tinham feito ao povo de Deus. Longe de nós nos vingarmos dessa forma. Jesus nos ensinou uma outra lei: a lei do amor e do perdão. “Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo e aborrecerás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem, para que sejais filhos do Pai que está nos céus; porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons e a chuva desça sobre justos e injustos. Pois, se amardes os que vos amam, que galardão tereis? Não fazem os publicanos também o mesmo? E, se saudardes unicamente os vossos irmãos, que fazeis de mais? Não fazem os publicanos também assim? Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso Pai, que está nos céus”. (Mateus 5:43-48). Não é fácil, mas é o que Jesus espera de nós. Amém?

Tenha um dia abençoado e até a próxima.

 

 

 

Devanir Caetano da Silva

Pastor da Igreja Restauração em Cristo

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