Um dos maiores problemas do Povo de Deus do Antigo Testamento era sua tendência a transigir, pegar emprestado e fundir os Mandamentos de Deus com as ideias de outras religiões ao seu redor. Neste Salmo 115, que fazia parte da liturgia da celebração da Páscoa, há uma espécie de recuperação da fé dada por Deus. Eles cantaram e proclamaram as reivindicações exclusivas de um Deus. Eles eram o povo de Deus, eles eram o povo eleito e privilegiado de Deus; o povo escolhido acima das outras nações; mas eles não tinham motivo para orgulho. A mensagem deles para as nações vizinhas soou um tanto arrogante. A reação dos demais foi algo do tipo: “Vocês pensam que estão certos e todo mundo está errado. Por que vocês deveriam sair por aí afirmando que é um grupo exclusivo de eleitos do único Deus que existe?” Esta foi a resposta deles: “Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao teu nome seja a glória, por causa do teu amor e fidelidade”.

Como seguidores de Cristo hoje, nos encaixamos nesse seleto grupo de privilegiados. Em um mundo hoje onde eles fazem barulho sobre quem entra nas melhores Faculdades e quem não, eles querem fazer uma sociedade igualitária onde as oportunidades estão disponíveis para todos e não apenas para alguns selecionados. Quando pregamos a mensagem do ‘evangelho cristão’ atraímos a acusação de que não respeitamos outras religiões. Bem, há alguma verdade nessa acusação, mas nem tudo é verdade. Queremos respeitar os direitos de homens e mulheres de terem liberdade para praticar sua religião sem medo de intimidação. Nesse sentido, respeitamos outras religiões. Mas se formos cristãos honestos e permanecermos fiéis à mensagem de Cristo, então temos que dizer que todas essas outras religiões são falsas e elas levarão as pessoas para uma eternidade perdida. Mas, ao dizer isso, não seremos acusados da arrogância de nos ver como certos e todos os outros errados? Sim, com certeza. Acredito que teremos que enfrentar essa cobrança, mas em nossa defesa podemos declarar: “Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao teu nome seja a glória, por causa do teu amor e fidelidade”.