No meio da noite escura ouve-se um grito. O silêncio é destruído e o choro da criança irrompe e enche toda a casa. No quarto ao lado, o pai se levanta, sonolento, tropeça na perna da cama, lamenta a dor e vai rapidamente para o quarto onde a pequena criança está chorando. Ele senta na cama, abraça o filho, o acalma. Fala mansamente: “Foi só um pesadelo, tudo já passou”. O choro para. Não há nada que possa machucá-lo, nada que possa assustá-lo, nada que possa atacá-lo. Seu pai está ali com ele e ele se sente seguro.

Em nossa infância, todos nós, ou pelo menos a maioria, choramos de medo, por conta de algum pesadelo, pensando que havia algo debaixo de nossa cama, dentro de nosso armário ou do lado de fora da janela. Nossa mente, quando a escuridão chegou, encheu-se de inimigos ferozes que nos ameaçavam. O que deveria ser uma noite de tranquilidade e descanso, se transformou em uma noite de terror. Mas em meio a tudo isso estava o nosso pai, aquele que nos deu paz de espírito e nos fez dormir em segurança. Na vida temos muitos adversários, rivais reais ou imaginários, pesadelos, problemas complicados e, para cada situação, precisamos de ajuda, por isso é uma boa escolha dizer igualmente o salmista: “Dá-nos auxílio para sair da angústia, porque vão é o socorro da parte do homem”.