ESTÁ TUDO ESCURO

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' Pois minha alma está saturada de males, e minha vida se aproximou do Sheol. Estou contado entre os que descem à cova; tornei-me como um homem sem forças. '

( Salmos 88:3-4 )

A chegada da morte a uma pessoa provoca momentos realmente difíceis vistos do ponto de vista humano, mesmo para aqueles que tem a certeza de uma vida futura. Passamos a sentir um certo medo do que virá a seguir, do que acontecerá quando o nosso coração parar de bater e o tempo nessa terra se esgota, mesmo tendo a certeza e a segurança de que o que vem a seguir é melhor. Sempre há incerteza quanto ao processo. Muitas vezes o medo não é quanto ao ir ou não para o Céu, mas o deixar a Terra e aqueles a quem amamos. Um sentimento de missão não concluída. Quão maior deve ser esse sentimento para aqueles que estão à beira do abismo, que estão no fim de seus dias e não têm segurança de nada em relação à vida após a morte. Diante desta expectativa, não são só lindas lembranças que começam a passar por suas mentes, que deveriam ser muitas, mas também memórias de coisas que ele poderia ter feito e não fez, de relacionamentos rompidos, de situações em que ele machucou alguém, e o sentimento de culpa e peso da alma por suas más ações. Tudo isso devem causar sentimentos terríveis.

A morte revela em muitos casos o mal mais profundo do coração, a ponto de criar teorias sobre como todas as almas deveriam resolver suas pendências antes de partir desta vida para a outra. São tentativas de apaziguar o terror da alma aflita. O salmista fala da sensação de estar perto da morte e sentir-se impotente por Deus, “porque a minha alma está saturada de males e a minha vida se aproximou do Sheol. Estou contado entre os que descem à cova; como um homem sem forças". Ao longo do Salmo, ele narra o sentimento de tristeza e dor pelos males e como Deus parece estar desaparecido.

Hoje existem muitas pessoas assim, pessoas que sentem um desânimo na alma pelos erros que cometeram, pelos relacionamentos rompidos ou pelas decisões tomadas de forma incorreta, e diante disso tudo, deste turbilhão de sentimentos, sentem a necessidade de consertar suas situações. Mas isso não é o mais importante: Morrem todos os dias em nosso país pessoas que deveriam resolver sua situação com Deus, que deveriam consertar o que quebraram por causa do pecado e deveríamos ter em nossas orações aqueles anônimos que estão perto de sua morte.

Mas ainda não chegamos no ponto mais importante. Devemos nos perguntar: O que aconteceria se hoje fosse o nosso último dia? Se a morte estivesse chegando, tudo estaria bem? Estamos bem conosco mesmo? Estamos bem com as pessoas próximas de nós? Estamos bem com Deus? Não devemos permitir que um momento tão difícil chegue antes de consertar essas coisas que estão quebradas. Hoje é um bom dia para reconstruir a nossa vida, reconstruir relacionamentos, renovar a fome de Deus, arrepender-se novamente.

Meu irmão e minha irmã, nunca é tarde demais para arrumar a nossa vida. Deus não se preocupa com o nosso passado. O que importa mesmo é como direcionamos o nosso presente para o futuro e se isso for do jeito de Deus, vai dar tudo certo. Amém?

Tenha um dia abençoado e até a próxima.

 

 

 

Devanir Caetano da Silva

Pastor da Igreja Restauração em Cristo

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