DE MADRUGADA TENHO CLAMADO A DEUS

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' SENHOR Deus da minha salvação, diante de ti tenho clamado de dia e de noite. Chegue a minha oração perante a tua face, inclina os teus ouvidos ao meu clamor; Porque a minha alma está cheia de angústia, e a minha vida se aproxima da sepultura. Eu, porém, Senhor, tenho clamado a ti, e de madrugada te esperará a minha oração. '

( Salmos 88:1-3 e 13 )

Este é um salmo muito sombrio, onde o salmista não encontra alívio da escuridão do desespero que ele sente. A lição aqui para nós é que mesmo neste escuro desespero o salmista vai a Deus para encontrar libertação. Há uma honestidade brutal neste Salmo que é quase assustadora. O Salmo é repetitivo, mas isso era de se esperar. Alguém que está sofrendo fisicamente, emocionalmente ou ambos frequentemente se repetirá no decorrer de uma conversa.

A maravilha da fé é que o salmista está orando. Nem sempre oramos quando as coisas dão errado. Frequentemente, simplesmente congelamos, nos sentimos muito mal para ir a Deus em oração. A escuridão em nossa alma é tão escura que nem sabemos o que falar. O salmista se dirige ao Senhor da Aliança como o Deus que o salva. Mesmo assim, ele ora dia e noite e sente que a oração não chega a Deus. Ele ora para que sua oração chegue diante de Deus e que Deus volte Seus ouvidos para ele. Parece que Deus está no tribunal e que vários anjos levam petições ao Senhor; o salmista ora para que sua petição seja apresentada ao Senhor e, como resultado, Deus incline Seu ouvido na direção do salmista. Pode ser assim que ele se sente, mas não é o que acontece. Deus sempre ouve, a oração sempre chega a Deus. Deus é soberano em seu tempo e método de resposta.

O salmista sente a ausência de Deus, como aqueles que estão mortos de quem Deus não se lembra mais. Ele atribui toda essa miséria que está vivendo ao que Deus lhe fez. Lembre-se de que Noemi disse que Deus tornou sua vida muito amarga, mas observe que tanto Noemi quanto o salmista estão ali na presença de Deus, derramando seus corações.

O sofrimento pode ser uma coisa solitária de suportar. Muitas vezes, não queremos ninguém perto de nós e podemos afastar nossos amigos. O salmista está preso em sua condição, no estado em que o Senhor o deixou, e ele não pode escapar. A imagem de Jó vem à mente, onde seus amigos não o entendiam. Ele é abandonado por Deus e pelo homem, e seus olhos ficam turvos e cheios de tristeza.

O salmista não desiste. Ele continua clamando a Deus todos os dias, ele estende suas mãos vazias diante do Senhor. O salmista é como os mortos, ele não viu muitas maravilhas do Senhor. Qual é o sentido de ser mantido nesta existência semelhante à morte? Por mais baixo que ele se sinta, ele não vai desistir da oração. Embora não haja nenhum sinal de Deus e mesmo quando confrontado com pouca esperança, o salmista diz: “Eu, porém, Senhor, tenho clamado a ti, e de madrugada te esperará a minha oração”.

Meu irmão e minha irmã, nos acostumamos a esperar um final feliz para cada história sofrida, seja a nossa ou de outros. Neste Salmo, este desfecho não veio. A lição para nós neste Salmo é orar, orar e orar, mas sempre confiante no tempo de Deus. A resposta pode demorar mas virá. Amém?

Tenha um dia abençoado e até a próxima.

 

 

 

Devanir Caetano da Silva

Pastor da Igreja Restauração em Cristo

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