AÇÃO DE GRAÇAS DE UMA PESSOA SALVA DA MORTE – Parte 2
'
Eu dizia na minha prosperidade: Não vacilarei jamais. Tu, Senhor, pelo teu favor fizeste forte a minha montanha; tu encobriste o teu rosto, e fiquei perturbado. A ti, Senhor, clamei, e ao Senhor supliquei. Que proveito há no meu sangue, quando desço à cova? Porventura te louvará o pó? Anunciará ele a tua verdade? Ouve, Senhor, e tem piedade de mim, Senhor; sê o meu auxílio. Tornaste o meu pranto em folguedo; desataste o meu pano de saco, e me cingiste de alegria, para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. '( Salmos 30: 6-12 )
O versículo 6 deste Salmo diz: “Jamais serei abalado”. Antes de sua enfermidade, ele se vangloriara, em um espírito de auto-suficiência. Seu orgulho desmoronou com a pressão da enfermidade. Contudo, a enfermidade teve o efeito de lhe abrir os olhos para a sua dependência de Deus, de modo que ele gritou por misericórdia e cura.
A prosperidade fez Davi se sentir invencível. Mesmo sabendo que sua riqueza e poder vinham de Deus, eles haviam subido à sua cabeça, deixando-o orgulhoso. Riqueza, poder e fama têm um efeito tóxico nas pessoas, fazendo com que se sintam muito autoconfiantes e independentes de Deus. Mas esta é uma segurança falsa que é facilmente destruída. Quando as coisas vão bem para nós, somos levados a pensar que sempre será assim. Quando vemos nosso erro (muitas vezes tarde demais), nos cabe pensar com vergonha que nossa segurança carnal é nossa loucura. Se Deus esconde seu rosto, o homem piedoso fica perturbado, embora nenhuma calamidade lhe sobrevenha. Mas se Deus, em sua sabedoria e justiça, se afasta de nós, será uma grande loucura se nos afastarmos Dele.
A morte do justo, quando cumpriu com seu tempo aqui na Terra, tem o seu espírito santificado, que retorna a Deus e O louvará, ou seja, continuará a louvá-Lo. Mas o salmista pena que os serviços da casa de Deus não podem ser realizados pelo pó. O pó não pode elogiá-lo, pois não há ciência (conhecimento) ou trabalho no túmulo, porque é a terra do silêncio.
Mas diante deste quadro, Davi tem seu LOUVOR RENOVADO. Ele diz: “Senhor, Deus meu, graças te darei para sempre”.
Pedimos bem quando pedimos pela vida, se o fazemos para louvor de nosso Deus. No devido tempo, Deus livrou o salmista de seus problemas. Pelo texto entendemos que a nossa língua é nossa glória, e nunca é demais quando é usada para louvar a Deus.
A experiência de Davi serve para repensarmos sobre a fragilidade da vida e assim termos cuidado com a segurança carnal. Nem a prosperidade externa nem a paz interior são aqui seguras e duradouras. O Senhor, em seu nome, fixou firmemente a segurança do crente como montanhas com raízes profundas, mas ele deve esperar encontrar tentações e aflições. Quando somos descuidados, caímos em pecado, o Senhor esconde Sua face, nossas consolações desmoronam e problemas nos cercam.
Este é o ponto crucial para o retorno a Deus e o reconhecimento de Sua grandeza em amor e misericórdia ou a vergonha que nos faz afastar de Deus e assim, sucumbirmos na tristeza e desespero. Davi nos mostrou o caminho certo, mas infelizmente muita gente faz a escolha errada.
Meu irmão e minha irmã, a grande lição deste Salmo é sobre onde está firmada a nossa confiança: Nas coisas que Deus nos deu ou no próprio Deus? Não se deixe levar pela falsa certeza de prosperidade. Confie em Deus para sua segurança e você não será abalado quando os bens terrenos desaparecerem.
Tenha um dia abençoado e até a próxima.
|
Devanir Caetano da Silva
Pastor da Igreja Restauração em Cristo
Quer receber nossas meditações diariamente pelo WhatsApp? Cadastre-se aqui!