O SOFRIMENTO DO DESPREZO E SUAS CONSEQUÊNCIAS. Parte II

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' Como leões, abrem a boca, rugem e se atiram contra mim. Já não tenho mais forças; sou como água derramada no chão. Todos os meus ossos estão fora do lugar; o meu coração é como cera derretida. A minha garganta está seca como o pó, e a minha língua gruda no céu da boca. Tu me deixaste como morto no chão. Eles repartem entre si as minhas roupas e fazem sorteio da minha túnica. Ó Senhor Deus, não te afastes de mim! Vem depressa me socorrer. Então contarei à minha gente o que tens feito; na reunião do povo eu te louvarei, dizendo: “Louvem a Deus, o SENHOR, todos os que o temem. Descendentes de Jacó, prestem culto a Deus! Povo de Israel, adore o SENHOR! Ele não abandona os pobres, nem esquece dos seus sofrimentos. Ele não se esconde deles, mas responde quando gritam por socorro.” Na reunião de todo o povo, ó SENHOR, eu te louvarei pelo que tens feito. Na presença de todos os que te temem, oferecerei os sacrifícios que prometi. '

( Salmo 22: 13-15, 18-19 e 22-25 )

Continuando nossa meditação, o salmista se sente completamente desfalecido, sem forças, sem coragem, jogado ao chão, em meio a leões devoradores, se sentindo vencido. Quem já passou por uma experiência próxima disso, pode entender o que Davi estava dizendo. Nestas horas chegamos à plena convicção de que o homem não foi feito para o sofrimento, mas como uma tempestade que não tem medo de nada, o sofrimento se abate sobre todos, sem qualquer piedade.

Do texto de hoje, quero destacar inicialmente o versículo 18. Roubar tudo de uma pessoa, até suas roupas, deixando-a nua e desamparada, é um grande insulto à dignidade humana. Jesus, o Messias, o Cordeiro de Deus que veio tirar o pecado do mundo, sofreria essa experiência humilhante na cruz (Mt 27:35). A maioria de nós nunca conhecerá a vergonha e o sofrimento de ficar sem dinheiro e nu em um lugar público, como aconteceu com muitos dos judeus durante a Segunda Guerra Mundial ou com os sem-teto que hoje vivem nas ruas de nossa cidade. No entanto, qualquer um de nós se sentiria nu se algum pecado nosso, secreto ou não, fosse descoberto. Naquela hora, teremos de gritar como o salmista: "Ó SENHOR Deus, não te afastes de mim! Vem depressa me socorrer." (versículo 19).

Sabe, Deus intervém maravilhosamente para nos libertar quando estamos sofrendo silenciosamente, e devemos estar preparados para oferecer elogios públicos por Sua ajuda. As gerações de amanhã dependem de nossa fidelidade hoje. Da maneira como ensinamos nossos filhos sobre Deus, eles ensinarão seus filhos e os filhos de seus filhos. Se não falarmos sobre Deus com nossos filhos, estaremos quebrando a corrente da influência de Deus para as gerações futuras. Devemos imaginar nossos filhos e todos os jovens que encontramos como futuros líderes de Deus. Se formos fiéis às oportunidades que nos são apresentadas hoje, estaremos afetando o futuro. Se quisermos que nossos filhos sirvam a Deus, eles devem nos ouvir falar sobre Ele. Não é suficiente que a igreja ou aqueles que têm mais conhecimento lhes dêem educação cristã.

Meu irmão e minha irmã, o sofrimento da vida pode causar nossa queda, tristeza e até incerteza quanto ao futuro. Neste ponto, podemos escolher ficar prostrado e sucumbir na tristeza ou, como Davi, lembrar dos livramentos que Deus já nos deu e nos erguermos em fé, na convicção de que seremos vencedores mais uma vez. A maior arma que Davi usava nestes momentos de lutas, fossem emocionais ou não, era o louvor e a adoração. Devemos assumir esta mesma postura e ter em nossos lábios o louvor e a adoração ao nosso Deus. E sempre que pudermos, vamos contar ao mundo que o Deus a quem servimos É UM DEUS QUE NOS FAZ VENCER OS SOFRIMENTOS. Amém?

Tenha um dia abençoado e até a próxima.

 

 

 

Devanir Caetano da Silva

Pastor da Igreja Restauração em Cristo

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