Diz o texto de hoje que os sacerdotes como não conseguiram fazer Jesus calar, então introduziram espias no meio da multidão que seguia Jesus, com o objetivo de encontrar algum deslize em suas palavras ou atitudes. Mesmo que este deslize fosse provocado. E foi o que fizeram. O Império Romano dominava o mundo da época. O povo judeu como tantos outros eram subjugados pelo Império e tinham que pagar impostos (além de muitas outras obrigações). Então, um daqueles espias vem com uma falinha mansa, elogiosa, que enganaria qualquer um que se deixasse levar pelos elogios. Mas não Jesus. Disseram: “Mestre, nós sabemos que falas e ensinas bem e retamente, e que não consideras a aparência da pessoa, mas ensinas com verdade o caminho de Deus. É-nos lícito dar tributo a César ou não?”. Olha a astúcia do inimigo. Diante de todos elogia, com o intuito de deixar a pessoa envaidecida. E quando alguém está se sentindo assim, baixa a guarda e é onde mora o perigo, porque não percebe as más intenções dos opositores. Se Jesus dissesse que não era licito pagar impostos, estes diriam que Jesus na verdade queria incitar o povo a uma rebelião contra Roma. Se dissesse que era lícito, diriam ao povo que Jesus era a favor de todo aquele sofrimento que o povo vivia nas mãos de um imperador tirano. Mas o que Jesus disse? “Mostrai-me uma moeda. De quem tem a imagem e a inscrição? E, respondendo eles, disseram: De César. Disse-lhes então: Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus.”