A ENTRADA TRIUNFAL DE JESUS: EM JERUSALÉM E EM NOSSAS VIDAS
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E, dito isto, ia caminhando adiante, subindo para Jerusalém. E aconteceu que, chegando perto de Betfagé, e de Betânia, ao monte chamado das Oliveiras, mandou dois dos seus discípulos, Dizendo: Ide à aldeia que está defronte, e aí, ao entrar, achareis preso um jumentinho em que nenhum homem ainda montou; soltai-o e trazei-o. E, se alguém vos perguntar: Por que o soltais? Assim lhe direis: Porque o Senhor o há de mister. E, indo os que haviam sido mandados, acharam como lhes dissera. E, quando soltaram o jumentinho, seus donos lhes disseram: Por que soltais o jumentinho? E eles responderam: O Senhor o há de mister. E trouxeram-no a Jesus; e, lançando sobre o jumentinho as suas vestes, puseram Jesus em cima. E, indo ele, estendiam no caminho as suas vestes. E, quando já chegava perto da descida do Monte das Oliveiras, toda a multidão dos discípulos, regozijando-se, começou a dar louvores a Deus em alta voz, por todas as maravilhas que tinham visto, Dizendo: Bendito o Rei que vem em nome do Senhor; paz no céu, e glória nas alturas. E disseram-lhe de entre a multidão alguns dos fariseus: Mestre, repreende os teus discípulos. E, respondendo ele, disse-lhes: Digo-vos que, se estes se calarem, as próprias pedras clamarão. '( Lucas 19:28-40 )
Este evento da vida de Jesus é denominado de “A entrada triunfal em Jerusalém” e ocorre já quase no final de seu ministério, e que é relatado pelos quatro evangelhos (Mateus 21:1-17; Marcos 11:1-11; Lucas 19:29-40; João 12:12-19). A entrada marca o início do período conhecido como Paixão, que culminará com a crucificação e posterior ressurreição de Jesus. Vamos entender o ‘por quê’ deste momento.
A entrada triunfal é Jesus entrando em Jerusalém no dia que a história denomina de Domingo de Ramos, que foi o domingo antes da crucificação (João 12: 1,12).
Naquele dia, Jesus entrou em Jerusalém montado em um jumentinho emprestado, um que nunca tinha sido montado antes. Os discípulos colocaram as suas vestes sobre o jumento para que Jesus pudesse montá-lo, e as multidões saíram para recebê-lo, colocando diante dele os seus mantos e os ramos de palmeiras. As pessoas saudaram e louvaram-no dizendo: "Bendito o que vem em nome do Senhor" enquanto ele seguia rumo ao templo, onde muitas e muitas vezes ensinou as pessoas, as curou, e onde realizou tantas outras obras.
O propósito de Jesus em seguir para Jerusalém foi de tornar pública a sua afirmação de que era o Messias e Rei de Israel, em cumprimento de uma profecia do Antigo Testamento. Mateus diz que o Rei montado em um jumentinho foi um cumprimento exato de Zacarias 9: 9 que diz: "Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém: eis aí te vem o teu Rei, justo e salvador, humilde, montado em jumento, num jumentinho, cria de jumenta". Jesus entra na cidade como um Rei conquistador e é aclamado pelo povo como tal, de acordo com os costumes da época. As ruas de Jerusalém, a cidade real, estão abertas para Ele, e como um rei Ele sobe ao seu palácio, não um palácio temporal, mas o palácio espiritual que é o templo, porque o seu é um reino espiritual. Ele recebe a adoração e louvor das pessoas porque só Ele merece. Jesus já não mais diz a seus discípulos que fiquem quietos sobre Ele (Mateus 12:16, 16:20), mas deixa que gritem louvores abertamente. Até mesmo a colocação de mantos pelo caminho já tinha ocorrido como um ato de homenagem para a realeza (veja 2 Reis 9:13). Jesus estava abertamente declarando ao povo que era o seu rei e o Messias por quem estavam esperando.
Infelizmente, o louvor que o povo derramou sobre Jesus não foi porque o reconheceram como o seu Salvador por causa de seus pecados. Eles o saudaram devido ao seu desejo por um libertador messiânico, alguém que iria guiá-los a uma revolta contra Roma. Havia muitos que, embora não cressem em Cristo como Salvador, ainda esperavam que talvez Jesus se tornaria para eles um grande libertador temporal. Estes são os que o saudaram como Rei com seus muitos "Hosanas", reconhecendo-o como o Filho de Davi que veio em nome do Senhor. Mas quando Jesus falhou em atender às suas expectativas, quando se recusou a guiá-los em uma grande revolta contra os ocupantes romanos, as multidões rapidamente se voltaram contra Ele. Dentro de poucos dias, os “Hosanas” se transformariam em gritos de "Crucifica-o!" (Lucas 23: 20-21). Aqueles que o saudaram como um herói, em breve iriam rejeitá-lo e abandoná-lo.
Ao final daquela jornada, Jesus passa por dois momentos críticos: (1) Ele chora pela cidade. Jesus sabia o que iria acontecer naquele lugar alguns anos depois e quanto sofrimento os moradores de Jerusalém enfrentariam. Ele chora, mas as pessoas não entendem; (2) Ele chega ao templo e ali realiza outro ato que provocou uma maior aversão dos sacerdotes e líderes religiosos: Ele expulsou os cambistas e comerciantes que tinham feito da casa de seu Pai um "covil de salteadores" (Lucas 19:45-46).
Sim, a história da entrada triunfal é mais uma das muitas que carregam contrastes inegáveis. É a história do Rei que veio como um servo humilde em um jumento, e não em um cavalo empinado. Não veio em vestes reais, mas em roupas dos pobres e humildes. Jesus Cristo não veio para conquistar pela força como os reis terrenos, mas pelo amor, graça, misericórdia e seu próprio sacrifício pelo seu povo. O seu reino não é um de exércitos e esplendor, mas de humildade e servidão. Ele não conquista nações, mas corações e mentes. A sua mensagem é de paz com Deus, não de paz temporal.
Meu irmão e minha irmã, a lição que devemos tirar desta meditação de hoje é: Se Jesus já fez uma entrada triunfal em nossos corações, então Ele reina em paz e amor. Nós como seus discípulos, devemos exibir essas mesmas características e qualidades, para que o mundo veja através de nós, o verdadeiro Rei vivendo e reinando em triunfo. Amém?
Tenha um dia abençoado e até a próxima.
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Devanir Caetano da Silva
Pastor da Igreja Restauração em Cristo
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