Toda vez que leio ou medito neste texto fico pensando em Pedro. Ele era um experiente pescador. Passara a noite toda pescando e pescou.... NADA. Na praia estava frustrado, enquanto lavava suas redes e o barco, pensava no resultado do seu trabalho e que iria para casa sem nenhum dinheiro. Os homens que trabalhavam com ele estavam na mesma situação. Todos iriam chegar em casa e dizer para a esposa e filhos que não conseguiram nada. Teriam eles o que comer naquele dia? Teriam contas para pagar naquele dia? Não sabemos, mas com certeza aquele dia começou com todos os sinais que terminaria ruim. De repente, aparece um Rabi, um Mestre, que pede permissão para Pedro para usar seu barco como uma plataforma e dali ensinar o povo sobre os Planos de Deus. Não acredito que Pedro estivesse com bom humor para ouvir sobre as maravilhas que Deus faz ao Seu povo. Mas Pedro se calou e permitiu. Quais foram as palavras de Jesus? Citou algum milagre do passado? Teria falado dos feitos de Moisés ou de Elias ou dos livramentos que aconteceram na vida de Davi, Gideão ou de algum outro personagem do Velho Testamento? Não sabemos, mas com certeza, querendo ou não, Pedro e os demais estavam ouvindo tudo aquilo. No final do discurso, Jesus fala para o experiente pescador Pedro que voltasse para o Mar no horário menos provável de encontrar alguma coisa. A primeira resposta de Pedro foi de que ele e seus companheiros já haviam passado a noite toda pescando e nada conseguiram. Mas Pedro deve ter olhado bem no fundo dos olhos de Jesus. Algo diferente havia naquele Rabi. Suas palavras também soavam diferente de tudo aquilo que ele ouvira a vida toda. Então ele diz: "Mas, sobre a tua palavra, lançarei a rede".