A LIÇÃO DO FILHO PRÓDIGO
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E disse: Um certo homem tinha dois filhos; E o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me pertence. E ele repartiu por eles a fazenda. E, poucos dias depois, o filho mais novo, ajuntando tudo, partiu para uma terra longínqua, e ali desperdiçou os seus bens, vivendo dissolutamente. '( Lucas 15:11-13 )
Esta é uma das histórias mais conhecidas das contadas por Jesus. Diz de um certo homem, um pai que tinha dois filhos. O mais novo, cansado daquela "vidinha" que levava, resolveu conhecer o mundo. Pediu ao pai a sua parte na herança. O pai atendeu e poucos dias depois aquele filho foi "em busca de sua felicidade".
Num outro país, longe dos olhares do pai e do irmão mais velho, sem freio (moral e espiritual), torrou todo seu dinheiro, com farras e prostitutas. Mas, como tudo na vida, o dinheiro acabou e foi obrigado e pedir até o que comer.
Um fazendeiro lhe deu um emprego, para cuidar de porcos. Para um Judeu esta seria a coisa mais humilhante a se fazer. Mas a fome apertava e o orgulho tinha que se calar.
Assim foi por um tempo, até que um dia, a "ficha caiu". Diz a narrativa de Jesus: 'Caindo em si, disse: Quantos empregados de meu pai têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome! Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e perante ti; Já não sou digno de ser chamado teu filho; faze-me como um dos teus empregados. E, levantando-se, foi para seu pai...' (Lucas 15:17-20).
Fiquei a meditar na lição do filho pródigo. Deus sabe o que é melhor ou pior para nós, Seus filhos. Mas nós nem sempre sabemos. Muitas vezes somos seduzidos pelas coisas bonitas que se apresentam diante de nós e não pensamos. Simplesmente queremos aquilo.
Quantos homens traem suas esposas, porque se deixam encantar por outras mulheres, que, para espanto de alguns, nem são mais bonitas do que suas esposas. Então, o que os fazem entrar por este caminho? Quantos casamentos acabados por causa disso? Quantos pais perdem o total respeito de seus filhos por causa disso? Mas eles pensam? Não. Só querem o que querem e quando acordam (nem todos acordam), estão lá "comendo a comida dos porcos".
Quantas pessoas se deixam seduzir pelo lucro fácil, pela corrupção, e se vendem por alguns trocados que naquele primeiro momento parece tanto dinheiro, mas não é. Deixam-se levar pela ilusão de um luxo que vira um lixo. Mais cedo ou mais tarde são descobertos e perdem o respeito da família, dos amigos e passam vergonha. Mas eles pensam? Não. Só querem o que querem e quando acordam (nem todos acordam), estão lá "comendo a comida dos porcos".
Outros se enveredam pelos caminhos das drogas. No começo tudo é alegria e prazer, mas no final tudo é dor e sofrimento e às vezes até a morte. Por mais que alguns queiram falar, agem como o filho pródigo: partem para longe para ficar fora do alcance dos olhares e falas dos pais e familiares com aqueles discursos cheios de moral e religião. Quantos já morreram nestes caminhos? Quantos mortos vivos estão perambulando pelas cidades? Mas eles pensam? Não. Só querem o que querem e quando acordam (nem todos acordam), estão lá "comendo a comida dos porcos".
Quando pensamos nos filhos pródigos da vida, pensamos logo naquelas pessoas que não tem compromisso com Deus, que passaram a vida longe de uma igreja e sem qualquer referência religiosa. Me perdoem alguns o que vou falar, mas, pasmem, tem muitos crentes (como popularmente são chamados os evangélicos) e filhos de crentes nos trilhos do filho pródigo.
De novo fiquei pensando na lição do filho pródigo. Quando queremos porque queremos uma coisa, Deus vai avisando, avisando, avisando, até que Ele percebe que não tem jeito. O negócio é deixar este filho seguir seu caminho e aprender com a vida.
Existem duas possibilidades para estes filhos pródigos: (1) de fato aprender com a vida e cair em si. Reconhecer que erraram, que pecaram, e decidir voltar pra casa pedir perdão. Deus, como o pai que Jesus conta nesta história, cheio de compaixão, recebe o filho de volta, gostoso. Há uma festa pelo retorno do filho. Há uma alegria pelo filho perdido que foi encontrado. E, (2) no final das contas, não aprender com a vida. Não cair em si, mas pelo contrário, se revoltar contra tudo e contra todos. Se julgar uma vítima das circunstâncias, um escolhido por Deus para só se dar mal na vida, e, se não der conta de tudo isso, vai terminar pondo fim à sua existência.
Meu irmão e minha irmã, creio que hoje temos uma boa perspectiva da história do filho pródigo. Podemos aprender com ele. O que sei é que Deus avisa, avisa, avisa, dos perigos que estão à nossa frente. Cabe a nós dar ouvidos a Deus ou seguir no caminho que queremos. Vamos pensar bem antes de seguir em frente?
Tenha um dia abençoado e até a próxima.
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Devanir Caetano da Silva
Pastor da Igreja Restauração em Cristo
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