PAI, PERDOA-LHES, PORQUE NÃO SABEM O QUE FAZEM

image

' E, quando chegaram ao lugar chamado a Caveira, ali o crucificaram, e aos malfeitores, um à direita e outro à esquerda. E dizia Jesus: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. E, repartindo as suas vestes, lançaram sortes. E o povo estava olhando. E também os príncipes zombavam dele, dizendo: Aos outros salvou, salve-se a si mesmo, se este é o Cristo, o escolhido de Deus. E também os soldados o escarneciam, chegando-se a ele, e apresentando-lhe vinagre. E dizendo: Se tu és o Rei dos Judeus, salva-te a ti mesmo. E também por cima dele, estava um título, escrito em letras gregas, romanas, e hebraicas: ESTE É O REI DOS JUDEUS. E um dos malfeitores que estavam pendurados blasfemava dele, dizendo: Se tu és o Cristo, salva-te a ti mesmo, e a nós. Respondendo, porém, o outro, repreendia-o, dizendo: Tu nem ainda temes a Deus, estando na mesma condenação? E nós, na verdade, com justiça, porque recebemos o que os nossos feitos mereciam; mas este nenhum mal fez. E disse a Jesus: Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino. E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso. '

( Lucas 23:33-43 )

O Capítulo 23 fala dos principais sacerdotes que, após realizarem seu julgamento religioso, levam Jesus para Pilatos e as acusações já são de sedição contra o Império. Pilatos não iria se intrometer numa questão religiosa particular daquele povo, por isso os sacerdotes disseram que Jesus incitava o povo contra César e se auto declarava Rei. Quem nomeava o Rei de algum povo sob o domínio de Roma era o Imperador. É interessante como as pessoas são: Quando elas não podem resolver os problemas com as próprias mãos, arrumam outros para fazer o “trabalho sujo” (como dizem). Os líderes religiosos queriam matar Jesus, mas se conseguissem que Roma fizesse o serviço, eles sairiam com as “mãos limpas” e assim se justificariam de qualquer acusação futura.

Pilatos não quis entrar nesta briga, por isso remeteu Jesus para Herodes que era o Rei nomeado por Roma. Herodes ficou feliz em poder conhecer Jesus pessoalmente. Só tinha ouvido falar de sua fama. Ele interroga o acusado, mas Jesus ficou calado, “como uma ovelha muda diante de seus tosquiadores” (Isaías 53:7). Herodes devolve Jesus para Pilatos. Diz o texto que Pilatos fez de tudo para livrar Jesus, mas cedeu à pressão da maioria. Quantas vezes nós também fazemos isso: Queremos fazer algo, mas a maioria não quer e cedemos. Ou, não queremos fazer uma coisa, mas a maioria quer e cedemos. Há coisas simples que não afetam em nada a nossa vida ou a dos outros, mas há coisas complicadas que podem sim, afetar e muito tanto a nossa vida como a de outras pessoas. Por isso, devemos pensar muito bem antes de agir.

Pilatos enfim manda Jesus ser crucificado, juntamente com mais dois, que eram malfeitores. Na cruz, as pessoas zombavam de Jesus. Os líderes religiosos responsáveis por aquele ato, escarneciam de Jesus dizendo: “Aos outros salvou, salve-se a si mesmo, se este é o Cristo, o escolhido de Deus”. Os soldados, a multidão e até mesmo um que estavam sendo crucificado, blasfemava de Jesus. Percebemos que apesar de toda aquela alucinação coletiva, alguns estavam lúcidos. O outro malfeitor repreendeu seu amigo e lhe disse que eles eram dignos da sentença, mas reconhecia que Jesus era inocente.

Sabe qual foi a reação de Jesus diante de tudo aquilo? “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”. As pessoas se deixam levar pelos argumentos, algumas vezes lógicos e outras vezes nem tanto. É até difícil de entender porque aquela turba se irou tanto contra Jesus, já que por três anos e meio Jesus esteve diariamente entre eles, ensinando sobre o Reino de Deus, falou sobre amor, sobre perdão, sobre misericórdia. Jesus curou enfermos, libertou os perturbados por demônios e até ressuscitou pessoas. Como entender que horas atrás estavam diante de Pilatos gritando: CRUCIFICA-O. Solta Barrabás e crucifica Jesus. Mas mesmo assim, Jesus encontra amor suficiente, perdão suficiente, misericórdia suficiente, para interceder a Deus Pai por aqueles que o estavam matando.

Meu irmão e minha irmã, a nossa chamada para sermos cristãos não é pouca coisa. Não é uma jornada fácil. Não é uma caminhada para o sucesso, para a prosperidade ou para a riqueza. Pode até acontecer estas coisas e Deus sabe quem deve alcançar estes benefícios. Mas a nossa chamada é para uma caminhada de amor, perdão e misericórdia. Sabe por quê? Porque vamos viver o ódio, o desprezo e a intolerância. Nossas armas devem ser as armas de Jesus e não as armas do mundo. Nosso comportamento deve ser o de Jesus e não o dos demais líderes religiosos que, pela ganância, erraram e fizeram errar muita gente. Vamos viver o exemplo de Jesus e interceder a Deus Pai por aqueles que nos perseguem? Amém?

Tenha um dia abençoado e até a próxima.

 

 

 

Devanir Caetano da Silva

Pastor da Igreja Restauração em Cristo

Quer receber nossas meditações diariamente pelo WhatsApp? Cadastre-se aqui!

Mais um projeto desenvolvido por J.JIRÉ Agência Web