ENTREGOU TUDO O QUE TINHA

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' E, olhando ele, viu os ricos lançarem as suas ofertas na arca do tesouro; E viu também uma pobre viúva lançar ali duas pequenas moedas; E disse: Em verdade vos digo que lançou mais do que todos, esta pobre viúva; Porque todos aqueles deitaram para as ofertas de Deus do que lhes sobeja; mas esta, da sua pobreza, deitou todo o sustento que tinha. '

( Lucas 21:1-4 )

Uma das coisas que os hebreus/judeus aprenderam desde o início de sua história foi sobre dizimar e ofertar na Casa do Senhor. Tem gente que fala hoje que o Dízimo é coisa do Velho Testamento. Mas O Novo Testamento fala tanto do Dízimo como das Ofertas. Nos dias atuais como nos tempos antigos, existem aqueles que ocupam a posição de sacerdote no templo e são responsáveis pelas finanças. Tem aqueles que levam esta missão com seriedade e tem aqueles que usam estes recursos para si próprios. Estas atitudes fizeram com que no passado pessoas deixassem de dizimar/ofertar na Casa do Senhor e infelizmente o mal testemunho continua e pessoas sinceras deixam de receber as bênçãos da entrega do dízimos e ou das ofertas, por conta de tais pessoas. Mas não vou entrar nesta questão hoje.

Jesus está lá no templo e começa a observar como as pessoas estavam entregando seus dízimos e ofertas. Uma pobre viúva chamou a atenção dele. Por quê? Porque ela entregou tudo o que tinha. E por que ela fez isso? Vamos ver o que a Bíblia fala a respeito. Qual é o texto mais famoso que fala sobre dízimo e oferta? Malaquias 3. 10-12 que diz: “Trazei todos os dízimos à casa do Tesouro, … e provai-me nisto, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós bênção sem medida. Por vossa causa, repreenderei o devorador,… Todas as nações vos chamarão felizes, porque vós sereis uma terra deleitosa, diz o SENHOR dos Exércitos.”

Muito se discute sobre o dízimo. Uns dizem que era uma instituição para o tempo da Lei de Moisés. Outros defendem que é um mandamento também para a igreja.

Na verdade, o dízimo precede a Lei Mosaica. Tanto Abraão quanto Jacó deram o dízimo (Gênesis 14.20; 28.22). O dízimo foi criado como sinal de um pacto de fidelidade entre Deus e o homem, através do qual a criatura o ofereceria em GRATIDÃO pela bênção da prosperidade.

Posteriormente, a Lei dada por intermédio de Moisés adotou o dízimo, tornando-o obrigatório (Deuteronômio 14.22), chamando de ladrão o que não cumprisse com a obrigação (Malaquias 3.10). Era destinado à manutenção da Tribo de Levi, que devia dedicar-se exclusivamente a Deus (Números 18.24).

Mesmo sendo obrigatório, o dízimo continuou como um sinal de um pacto em que o homem entra com sua gratidão e o Criador com a bênção material. Deus promete ao dizimista (1) abrir as janelas dos céus, (2) derramar bênçãos sem medida, (3) repreender o devorador e a (4) felicidade (Malaquias 3.10-12).

Jesus Cristo veio à terra e também adotou o dízimo. Ele afirmou que devemos dar o dízimo (“devíeis, porém, fazer estas coisas…” Mateus 23.23; Lucas 11.42). Porém, agora, não mais damos o dízimo para os levitas, da Lei de Moisés. Voltamos a dar o dízimo de Abraão, por fé, e não mais como imposto.

Duas coisas podem nos levar a não dizimar: a falta de fé e a avareza.

O primeiro motivo se dá quando o cristão não crê na promessa do dízimo ou, mesmo crendo, não confia em Deus a ponto de cumpri-la, pensando que lhe irá faltar se dizimar. Nesse caso, passa a ser, paradoxalmente, um “crente incrédulo” e, sem fé, é impossível agradar a Deus. Esse crente deixará de usufruir a promessa do dízimo.

O segundo motivo se dá quando, mesmo tendo dinheiro suficiente para dizimar, o desejo de gastar com outras coisas ou de simplesmente guardar o dinheiro é superior à fé para contribuir. Nesse caso, torna-se um crente preso pela avareza, que é idolatria (Colossenses 3.5). A idolatria é abominação contra Deus e, assim como a avareza, é obra da carne (Colossenses 3.2 e Gálatas 5.20). Convém lembrar que os que praticam as obras da carne não herdarão o reino de Deus (Gálatas 5.21).

Assim, aquele que dizima com fé e alegria tem a promessa de bênção financeira e felicidade. Ao avarento ou incrédulo que não dizima resta a maldição de uma vida sem usufruir as promessas de Deus. O Senhor não nos obriga a nada. Cabe a nós optarmos por aquilo que acharmos mais interessante.

Olhando o assunto deste ponto de vista, vemos uma pobre viúva que confiava que Deus cuidaria dela e a supriria em todas as suas necessidades. Este é o tipo de fé que agrada a Deus. Vai além do dinheiro. Muitas pessoas foram curadas por Jesus por exercer este tipo de fé. Muitas vezes nos prendemos ao que se chama de DOUTRINA. Tem gente que aceita a doutrina X mas não a Y. Tem que pratica fielmente a doutrina Z mas quebra completamente a doutrina A. Tem gente que aceita a Igreja N porque tem doutrina e rejeita a Igreja M porque não tem doutrina. Tudo isso é coisa do homem e por causa disso ou daquilo, muitos estão perdidos pelo caminho. Quando a pessoa olha para o homem e não para Deus corre o risco de verdadeiramente se perder, mesmo estando dentro de um templo ou fazendo parte de uma determinada igreja. A fé vai além destas coisas e foi isso o que Jesus viu naquela pobre viúva.

Meu irmão e minha irmã, vamos olhar para Jesus e praticar tudo aquilo que Ele tem nos ensinado? Vamos descobrir como viver uma vida de fé e assim sermos notados por Ele? Aquele elogio de Jesus repercutiu através dos séculos e jamais aquela mulher será esquecida. Que hoje seja um dia muito especial no nosso relacionamento com Jesus. Amém?

Tenha um dia abençoado e até a próxima.

 

 

 

Devanir Caetano da Silva

Pastor da Igreja Restauração em Cristo

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