UM ATO DE AMOR

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' Então foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo Diabo. E, tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome. E, chegando-se a ele o tentador, disse: Se tu és o filho de Deus, manda que estas pedras se tornem em pães. Ele, porém, respondendo, disse: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus. '

( Mateus 4 :1-4 )

Toda vez que ouvimos a frase 'estar no deserto', isto nos leva a pensar em estar em dificuldades, estar em uma situação ruim sob privação. Ninguém que está no deserto, foi de espontânea vontade ao deserto, pois quando pensamos em deserto nos vem à lembrança um mar de areia, sequidão e sol escaldante durante o dia e frio excessivo a noite. Com certeza um lugar onde ninguém quer estar.

Mas o que me chama atenção neste texto, é que no primeiro versículo diz que Jesus foi conduzido pelo Espírito ao deserto, e afirma que foi para ser tentado pelo Diabo.

Normalmente nos é inconcebível a ideia de que o Espírito Santo, possa nos conduzir ao deserto. Sempre imaginamos que estar no deserto seja um tipo de consequência, por má ação e conduta.

Mas o texto é claro: o Espírito conduziu Jesus ao deserto para ser tentado. Por que Ele precisava ser tentado, em um momento tão especial? Tinha acabado de cumprir um mandamento muito especial. Acabara de ser batizado, dado um testemunho para o mundo, que morreu para o mundo e nasceu para Deus. Jesus terminara de passar, como homem, por uma experiência significativa, pois experimentou a presença maravilhosa do Espírito Santo sobre ele. Estava transbordante.

Com certeza Jesus estava em plena comunhão com o Pai. Não tinha praticado nenhuma má conduta. Mas foi conduzido ao deserto.

Este texto me faz refletir sobre os desertos que passamos durante nossa vida, e na maioria deles creio que fomos conduzidos a ele pelo Espírito. Mas por que Ele faria isto?

A grande pergunta é: Qual é o papel do deserto em nossa vida?

O texto diz que depois de ter jejuado durante quarenta dias e quarenta noites, teve fome. Aprendi aqui que o Diabo não tem pressa, ele espera o momento favorável. Ele esperou quarenta dias e quarenta noites. Ele sabia que o fisiológico de Jesus iria reclamar, iria sentir a necessidade, iria requerer alimento. Por mais que espiritualmente estivesse renovado, a parte humana dele iria reclamar.

E quando isto acontece, o Diabo diz: "Se tu és o filho de Deus...“. Ele lança uma dúvida, impõe um desafio, uma ação mágica: “... transforme estas pedras em pães”.

Esta lição deve ser aprendida por todos nós, que quando estamos no auge de nossa fragilidade, é o momento que as dúvidas invadem nossa mente, seja por pensamentos ou por falas de pessoas próximas, que questionam o que estamos vivenciando, e isto geralmente nos leva a questionar nossa fidelidade a Deus. Muitas vezes nos faz cair.

No caso de Jesus ele responde ao diabo: 'Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus.'

Jesus cala a boca do diabo com a Palavra de Deus. Com esta resposta ele mostra sua verdadeira essência.

Qual é o papel do deserto na nossa vida?

Creio que seja esta: De fazer vir à tona nossa verdadeira essência. Nem sempre nossa essência é boa. Muitas vezes é uma essência que precisa ser purificada. Por esta razão, precisamos ser conduzidos pelo Espírito ao deserto por muitas vezes durante nossa existência nesta terra. O processo de deserto em nossa vida, por mais que, muitos não concordem, digo que é um ato de amor de Deus por nós, com o único objetivo de purificar nossa essência para vivermos a vida eterna.

Quando você estiver vivendo um momento difícil em tua vida, antes de reclamar, pense que é a oportunidade de mostrar o seu melhor para Deus e sair vitorioso. Amém?

Tenha um dia abençoado e até a próxima.

 

 

 

Conceição Fernandes de Oliveira da Silva

Pastora da Igreja Restauração em Cristo

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